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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Manuel de Araujo: "Eu matei Samora"

Manuel de Araujo
Pedi a opiniao de um amigo sobre meu blog. Um daqules amigo de verdade, daqueles que nao hesitam em dizer-nos a verdade. Ele foi premptorio: 'Nada de desculpas esfarrapadas! Tens que ter um blog a altura!' Aceitei o desafio! Prometo trazer esse blogue a altura em 2010! Um blogue onde partilho algumas reflexoes sobre mim, sobre o nosso pais (Mocambique) , o nosso continente (Africa) e quica sobre o mundo! Desde ja estao convidadas/os a troca e debate de ideias, pois cogito ergo sum!
"Eu matei Samora"
Jan 16th 2013, 13:03

 * Eu matei SAMORA...???*

 "Eu matei Samora"
 Maria Pons, correspondente em Joanesburgo Um ex-agente dos serviços
 secretos militares do antigo regime
 sul-africano do «apartheid» assumiu publicamente ter estado envolvido na
 morte de Machel. Numa entrevista exclusiva publicada pelo semanário
 «Sowetan Sunday World», o ex-agente afirmou que participou nos planos que
 causaram a morte, em Outubro de 1986, num desastre de avião, ao antigo
 Presidente moçambicano, Samora Machel, bem como a outras 33 pessoas. Hans
 Louw, um assassino profissional ao serviço do Civil Cooperation Bureau
 (CCB), um departamento de operações especiais daqueles serviços secretos,
 concedeu a entrevista na prisão, onde se encontra desde 1997, a cumprir uma
 pena de 22 anos, por ter morto um membro da mafia grega. Ele e um outro
 agente são acusados de outros seis homicídios e 70 tentativas de homicídio.
 Louw afirma que a morte de Machel não resultou de um acidente e que não foi
 por acaso que o avião em que este seguia, um Tupolev de fabrico soviético
 vindo de Lusaca (Zâmbia) em direcção a Maputo, caiu nas colinas em Mbuzini,
 perto da fronteira sul-africana com
 Moçambique.



 "Eu fazia parte da equipa de reserva, armada com mísseis terra-ar, que
 seriam utilizados caso o primeiro plano falhasse", disse Louw, que afirma
 ter também colaborado nos relatórios e trâmites burocráticos da morte de
 Machel. Segundo o ex-agente, havia um plano A, que devia desviar o Tupolev
 da sua rota por meio da emissão de falsos sinais de rádio, o que
 efectivamente aconteceu. Crente de que estava a baixar em direcção a
 Maputo, o piloto russo conduziu, de facto, o avião para território
 sul-africano, onde acabou por despenhar-se nas montanhas de
 Lebombo, na região de Mbuzini.



 Louw acusa os serviços secretos militares do regime do «apartheid», a que
 pertencia na época, de terem emitido os falsos sinais. O mesmo método,
 denunciou Louw, teria depois servido para abater um avião militar angolano
 em 1989. Em 1987, uma comissão de investigação sul-africana declarou que o
 desastre se devia a um erro do piloto, que também morreu no desastre.
 Depois do fim do «apartheid», também a Comissão para a Verdade e
 Reconciliação
 investigou o desastre, mas não publicou os resultados. Nessa altura,
 apurou-se que a causa do acidente foi, efectivamente, a emissão de falsos
 sinais.



 A pedido de Graça Machel e Nelson Mandela, a morte de Samora Machel está
 agora a ser investigada pela equipa especial de investigações «The
 Scorpions». Louw confessou ainda que no princípio dos anos 90 distribuiu
 armas
 para semear violência nos comboios interurbanos no Rand oriental próximo
 de Joanesburgo, com armas provenientes de Moçambique. Depois de se demitir
 das forças especiais, foi mercenário em Angola e na Serra Leoa com a
 empresa sul-africana Executive Outcomes, oficialmente dissolvida em 1998,
 mas que continua a actuar sob outros nomes.


 E disse que estava arrependido do seu "passado sangrento" e que, por isso,
 queria "pôr tudo em pratos limpos". As suas revelações são apenas a ponta
 do icebergue.

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