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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Armas e centenas de munições achadas numa casa na Beira forçam detenção de dois cidadãos

Dois indivíduos identificados pelos nomes de Gilberto Carelo e Joaquim António encontram-se presos, desde o último sábado (12), na cidade da Beira, província de Sofala, em consequência de terem sido encontradas três armas de fogo e cerca de 500 munições no quintal da casa de um deles.

Trata-se de uma arma de fogo semi-automática e duas caçadeiras – todas em estado obsoleto – e 460 munições.

O material bélico foi achado no bairro das Palmeiras II, na residência de Gilberto Carelo, quando Joaquim António, supostamente abria uma cova para enterrar lixo, a mando da sobrinha daquele, de nome Domingas Botão.

Joaquim contou que Domingas pediu para que ele abrisse uma cova para enterrar lixo. A uma certa profundidade, Gilberto disse para não continuar supostamente porque tinha enterrado “coisas dele”. O jovem disse ter obedecido e interrompeu o trabalho, mas ficou curioso e no dia seguinte voltou a escavar, tendo descoberto o material bélico em causa numa câmara-de-ar. Havia, também, no subsolo, um recipiente de cinco litros com óleo de lubrificação.

Diante deste facto, Joaquim chamou Domingas e esta sugeriu que o seu tio devia ser chamado para ver o que se passava, mas como não se encontrava em casa naquele momento ela optou por informar um vizinho policial.

Foi assim que a Polícia da República de Moçambique (PRM) tomou conhecimento da ocorrência, fez-se ao local e concluiu que devia deter os dois indivíduos. Estes encontram-se privados de liberdade na 2ª esquadra, na Ponta-Gêa.

Domingas afirmou que a habitação na qual foi achado o material bélico pertence à família, mas a mesma foi dividida e cada membro ficou com a sua parte. Mas quem vive nela há bastante tempo é Gilberto, seu tio. Por isso, só ele pode esclarecer a origem das armas e das munições.

Todavia, o suposto proprietário da casa manifestou-se também perplexo ao descobrir os instrumentos bélicos porque, supostamente, não sabia que existiam no seu quintal. Ele acusou Joaquim de saber a origem do referido material, por isso, só este podia, no seu entender, explicar o que se passou.

Gilberto disse ainda que a casa pertencia à sua falecida tia, porém, depois “passou para o meu nome”, o que deixa os restantes membros da família inconformados porque também pretendia esta herança. Por conta disso, o cidadão alegou ser vítima de cabalas visando lhe tirar a moradia.

Num outro desenvolvimento, Gilberto desmentiu que tenha ordenado ao jovem para suspender a abertura da cova, alegando que no subsolo havia seus pertences. A PRM disse, através do seu porta-voz Daniel Macuacuá, que recolheu os dois indivíduos aos calabouços, e lá deverão permanecer até se apurar a proveniência das armas e munições, bem como se esclarecer as circunstâncias em que foram achadas.

Ainda segundo Daniel Macuacuá, a Polícia está a investigar o paradeiro de uma outra arma de fogo, que se suspeita estar em bom estado de conservação para o uso daquelas munições.



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